sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A DESOCUPAÇÃO DA FAVELA PINHEIRINHO, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS...





Bela crítica jornalística, abordando a polêmica desocupação da favela de Pinheirinho, em São José dos Campos. Vale muito a pena ouvir até o final. Trata-se de uma importante ferramente para formação de uma opinião crítica sobre o assunto.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Na Dança Dos Ministérios, Quem Dança Mesmo é o Brasil...

"O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, começa a admitir publicamente a possibilidade de trocar de endereço na Esplanada dos Ministérios e se tornar o novo ministro da Educação."

Bom, nessa provável troca de Ministros é possível ver claramente a "preocupação" com a qualidade da educação brasileira, não é mesmo? Vejam vocês, nosso "glorioso" Mercadante é formado em economia, o que faz dele o cara mais bem "preparado" para exercer o comando do Ministério da Educação. Um economista que nunca esteve à frente de uma sala de aula, ou por trás de uma instituição de ensino. Era tudo que estávamos "precisando"! Incrível, mas essa horrenda prática de se distribuir Ministérios sem nenhum critério técnico continua sendo extremamente comum e funcional no Brasil. E quando isso se aplica a Ministérios estratégicos como são os da Educação, Desenvolvimento e Saúde por exemplo, a coisa fica ainda mais absurda. No caso específico do Ministério da Educação, o que podemos esperar de um Ministro formado em economia e que exercia a chefia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação? O que credencia Aloizio Mercaddante a ser o "salvador da lavoura"? Então, por que cargas d'água Mercadante assumiria o Ministério da Educação? Certamente não para melhorar a qualidade da educação brasileira. A resposta é, como de costume, de cunho político. Mercadante tem uma história estreita e importante dentro do Partido dos Trabalhadores. Ele simplesmente ajudou a fundar o PT. Está no partido de forma influente desde os primórdios, desde a época em que o PT era uma alternativa real de mudanças (hoje essa alternativa não é mais real). Assim sendo, ele "merece" uma pasta importante dentro do Governo Dilma. Merece um cargo de expressão e destaque. Enfim, merece estar sempre em um daqueles "paraísos políticos" que são os Ministérios nacionais. Ora bolas, já que o atual ministro da educação precisa deixar a pasta para se candidatar a outro cargo político nas eleições desse ano, abriu-se uma vaga. Mercadante está "ocupado" em um outro Ministério, mas de menos importância, por assim dizer. Pronto, já temos um substituto: Aloizio Mercadante, esse é o cara! Não tem a menor afinidade com o cargo, é verdade. Não tem experiência nessa área de atuação, é verdade. Nunca foi seu sonho estar nesse ministério, é verdade. Mas, é um dos fundadores e um dos mais importantes membros da alta cúpula do PT. Nesse caso, está apto ao cargo. Mas e a questão técnica? Como vai ficar a educação? Isso não deveria contar? É claro que sim, mas me parece que o povo brasileiro não acha isso importante, não é? Acho que temos coisas mais "importantes" no momento para tratarmos do que a questão da melhoria da educação. Que coisas são essas? Três exemplos: BBB, Michel Teló e Luíza no Canadá. Para o povo brasileiro, tudo isso é mais importante do exigir uma educação de qualidade. Parabéns sociedade brasileira pelas suas prioridades.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Não Podemos Admitir Que a Criticidade Se Torne Algo Constrangedor...

As pessoas, quase que invariavelmente, gostam das coisas que os outros gostam. Falam daquilo que os outros falam. Vestem aquilo que os outros vestem. Enfim, vivem suas vidas baseadas em outras vidas. Isso é uma opção pessoal de cada um, respeito. Contudo, é bom que se respeite também as pessoas com opiniões contrárias. É necessário valorizar o ser crítico. É fundamental entender que temos o direito de sermos contra. Contra o modismo, contra as frases feitas, contra os esteriótipos, etc. O que trás a unidade para a humanidade é exatamente a diversidade. "A diversidade forma a unidade." O problema é que cada vez mais ser crítico, ter opiniões diferentes, se posicionar racionalmente tem se tornado algo constrangedor. É isso mesmo, constrangedor. A maioria absoluta das pessoas vivem em um "estado de coma semi-profundo" (em alguns casos profundo) onde tocam os barcos de suas vidas ao gosto popular. Se é isso que faz sucesso, eu escuto. Se é isso que se assiste na TV, eu vejo. Se é isso que se comenta nas redes sociais, eu comento. Todavia, se você é uma pessoa que antes de assistir, ouvir ou fazer alguma coisa se pergunta "Por que?", você é o "diferente", é "metido a intelectual", é "desinteressante" é o "careta". Ah, como foi feliiz o Carlos Nascimento ao pronunciar: "(...) e nós já fomos mais inteligentes." Em suma, penso que está ocorrendo um processo de inversão de valores culturais no Brasil. O pensamento fútil, pífio e patético está sendo colocado como "genial". Já o pensamento interessante, crítico e enrriquecedor está sendo colocado como "banal".

Sobre Nossa Sociedade Atual...

Às vezes acho que estamos perdendo nossa capacidade crítica. Outras vezes tenho certeza disso. Em alguns momentos penso que dias melhores virão. É confuso tentar entender uma sociedade que, por exemplo, trasforma "Luizas" em celebridades. Assuntos pífios e patéticos ganham lugar de destaque nas mais variadas mídias. Por outro lado, assuntos extremamente urgentes são simplesmente desconhecidos do povo brasilero. Já disse isso outras vezes, vou repetir: Cada sociedade merece exatamente aquilo que cultiva. Nesse sentido, a nossa sociedade merece todo tipo de sofrimento, pois cultivamos a total e completa ignorância nos mais variados aspectos. A História, em geral, é uma narrativa evolutiva. Via de regra, a História elucida um caminho evolutivo da sociedade. Contudo, eu me sinto inclinado a duvidar que essa regra geral possa ser aplicada a nossa sociedade atual. É bem verdade que o Brasil, enquanto sociedade, é muito jovem ainda e talvez mereça passar por possíveis "acidentes de percurso". Talvez essa seja a explicação para esse momento do Brasil onde há uma clara banalização da cultura em sentido clássico. Não sei. Sinceramente não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza: Nesse momento estamos regredindo, ou quando muito estagnados cultural, política e socialmente falando.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Como classificar essas "coisas" que fazem sucesso no Brasil, como o BBB e o Michel Teló?

Inicialmente, fico numa enorme sinuca de bico. Porque se eu elevar Teló e o BBB à condição de “cultura” irei contra tudo aquilo que suponho ser cultura e estarei a nivelar, por baixo, o que efetivamente entendo que seja cultura. Se eu chamar o músico e atração global de subcultura, os patrulheiros de plantão (e eles sempre estão presentes) vão me chamar de preconceituoso, quiçá burguês, e de desrespeitar a cultura, que eles assim entendem, diversificada e multifacetada do meu país. Então sobram duas óticas: Teló e BBB são estratégias de marketing para ganhar dinheiro. E muito dinheiro. Simples assim.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Regulamentação da Profissão de Historiador no Brasil:

Caros colegas de profissão. Sabiam que a profissão de historiador está a um passo de ser regulamentada no Brasil?! O projeto de lei, que circula no congresso em caráter conclusivo, etabelece claramente a quem o exercício da profissão de historiador será garantido. Nas linhas do texto do projeto, temos:


"O exercício da profissão de historiador, será assegurado: aos bacharéis em História, portadores de diplomas expedidos por cursos regulares e ensino superior, reconhecidos ou autorizados pelo Conselho Federal de Educação; aos bacharéis em História, portadores de diplomas expedidos por instituições estrangeiras e revalidados no Brasil de acordo com a legislação em vigor; aos licenciados, mestres, doutores e livre-docentes em História, diplomados, em estabelecimentos de ensino superior, oficiais ou reconhecidos; e aos que, embora não diplomados, exerçam, comprovadamente, até a data da publicação da nova lei, há cinco anos ou mais, atividades próprias de historiador. "



Fiquemos atentos à conclusão do projeto!





Por que as enchentes continuam? Crescimento X Desenvolvimento:

Existe uma grande diferença entre crescimento e desenvolvimento. Algumas administrações visam somente o crescimento, quer a qualquer custo obtenção de lucros, e para isso acerelaram todo o processo e não se preocupam com algumas etapas cruciais do próprio crescimento, que está inserido, o desenvolvimento. Este sim quando bem planejado faz o crescimento real, vindouro e prospero. A primeira etapa para que se tenha um crescimento é passar inicialmente pelo desenvolvimento, em sua fase inicial através de um bom planejamento. O desenvolvimento deverá sempre estar presente em todo o processo de crescimento, pois além de ser a base será o condutor, ou a própria matéria para a concretização dos resultados positivos. Seja então o crescimento decorrente do desenvolvimento, este poderá ser a curto, médio ou em longo prazo. Mas as arrogâncias de algumas administrações levam-nas a ignorância em pensar apenas em crescer. Assim por exemplo um homem não forma a sua experiência de vida aos seus 40, 60, 80 anos, ele se desenvolve até o último dia de sua vida, mas para alguns, a idade representa sua experiência, achando ser um superdotado ou um super-homem, já concluído todo o seu processo de desenvolvimento. Uma vez idealizando desta forma, este homem esquece-se de continuar a se desenvolver, não admitindo seus próprios erros, se tornando um ignorante. Ninguém começa a construir uma casa do telhado, primeiramente a o planejamento, que é o sonho de idealizar sua construção, o desenvolvimento que é traçar o planejamento em formas, desenhos plantas e o crescimento que é a obra propriamente sendo realizada até a sua conclusão final ao telhado. Será que é difícil de entender este processo?