O filme é o mesmo ha décadas. Entre o fim de dezembro e o início de janeiro centenas de vidas são perdidas em função das chamadas "chuvas de verão". Diante de mais uma catástrofe (dessa vez na região serrana do Rio) algumas colocações devem ser feitas. Gostaria de chamar a atenção pra uma questão que me parace crucial. Catástrofes em função das forças da natureza são comuns em todo mundo. O problema é que o Brasil devia se preparar para a sua "catástrofe natural de estimação" que são as "chuvas de verão". Ora, países que sofrem com terremotos, se preparam para terremotos. A população é instruida, treinada, preparada para que, havendo um terremoto, saibam se proteger da melhor maneira possível o que poupa, sem dúvida, milhares de vidas. Com os países que sofrem com furacões não é diferente. O tempo todo os governos desses países promovem treinamentos com civis e com militares, verdadeiras simulações que, em última análise, evitam muitas mortes em situações reais. O Brasil parece não ter acordado pra sua realidade. O Brasil deveria assumir que as "chuvas de verão" estão para nós como os furacões e tornados estão para os EUA ou como os terremotos estão para os países asiáticos. Partindo desse princípio, deveríamos promover intensos treinamentos com a população de risco assim como com os profissionais que tem a função de agir nesses casos. Não podemos ficar esperando as chuvas como se elas não fossem um tragédia, pois são, sempre foram e continuarão sendo. É claro que a natureza tem sua parcela de culpa nessas mortes que comumente assitimos entre dezembro e janeiro, mas a total falta de preparação para lidar com as forças da natureza permite que centenas de vida sejam peredidas desnecessariamente.
Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)
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