A relatora especial da ONU para a Moradia Adequada, Raquel Rolnik, acusou nesta terça-feira as autoridades de várias cidades-sede da Copa do Mundo e do Rio de Janeiro, que receberá as Olimpíadas, de praticar desalojamentos e deslocamentos forçados que poderiam constituir violações dos direitos humanos. Nas palavras da própria relatora temos:
"Estou particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação, de falta de transparência e de consulta, de falta de diálogo, de falta de negociação justa e de participação das comunidades afetadas em processos de desalojamentos executados ou planejados em conexão com a Copa e os Jogos Olímpicos", avaliou.
Raquel destacou que os casos denunciados se produziram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza.
Como se não bastasse toda a bandidagem envolvendo rios de dinheiro público nesses eventos, agora temos que lidar com o escândalo de pessoas sendo expulsas de suas residências pelo simples fato de moraram em locais que "atrapalham" a contrução de obras para realização da Copa e das Olimpíadas. Ora, o único aspecto positivo que esses eventos poderiam trazer para o Brasil é exatamente um legado de melhoria das condições sociais da população. Mas, como era de se esperar, no caso do Brasil isso não acontecerá. Pior que isso, está acontecendo exatamente o contrário. O absurdo agora é a expulsão de moradores de suas próprias casas!
O pior é que isso já ocorreu na História do Brasil quando, entre os anos de 1903 e 1906, o então prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos decidiu revolucionar a estrutura urbana da Cidade, que de fato era ridícula. Sobre essa "revolução urbana" temos o texto de Maurício de Abreu:
"Estou particularmente preocupada com o que parece ser um padrão de atuação, de falta de transparência e de consulta, de falta de diálogo, de falta de negociação justa e de participação das comunidades afetadas em processos de desalojamentos executados ou planejados em conexão com a Copa e os Jogos Olímpicos", avaliou.
Raquel destacou que os casos denunciados se produziram em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Natal e Fortaleza.
Como se não bastasse toda a bandidagem envolvendo rios de dinheiro público nesses eventos, agora temos que lidar com o escândalo de pessoas sendo expulsas de suas residências pelo simples fato de moraram em locais que "atrapalham" a contrução de obras para realização da Copa e das Olimpíadas. Ora, o único aspecto positivo que esses eventos poderiam trazer para o Brasil é exatamente um legado de melhoria das condições sociais da população. Mas, como era de se esperar, no caso do Brasil isso não acontecerá. Pior que isso, está acontecendo exatamente o contrário. O absurdo agora é a expulsão de moradores de suas próprias casas!
O pior é que isso já ocorreu na História do Brasil quando, entre os anos de 1903 e 1906, o então prefeito do Rio de Janeiro Pereira Passos decidiu revolucionar a estrutura urbana da Cidade, que de fato era ridícula. Sobre essa "revolução urbana" temos o texto de Maurício de Abreu:
“O período Passos (...) um período revolucionador da forma urbana carioca, que passou a adquirir, (...), uma fisionomia totalmente nova e condizente com as determinações econômicas e ideológicas do momento”. (ABREU, 1988:63).
De fato a cidade se modernizou. O problema foi o preço que a sociedade carioca teve que pagar. Para colocar em ação a chamada "reforma urbana do Rio", Pereira Passos teve que ordenar a expulsão súbita e cruel de centenas de famílias que moravam em áreas que deveriam ser modificadas. A construção, da hoje fundamental, Avenida Rio Branco é um exemplo disso. Para que essa avenida fosse construída, diversos cortiços foram demolidos sem nenhuma indenização para as famílias residentes. Pereira Passos tem pelo menos a seu favor o benefício do julgamento da História. Ou seja, suas decisões polêmicas da época hoje são vistas como decisões acertadas, visto o desenvolvimento da Capital Fluminense.
E agora nos dias atuais?! Faz sentido expulsar famílias em nome da realização de eventos esportivos?! Será que a História vai julgar as decisões de hoje (explusão de pessoas de suas casas) como julgou a Reforma de Pereira Passos?! Eu, sinceramente, acho que não!
De fato a cidade se modernizou. O problema foi o preço que a sociedade carioca teve que pagar. Para colocar em ação a chamada "reforma urbana do Rio", Pereira Passos teve que ordenar a expulsão súbita e cruel de centenas de famílias que moravam em áreas que deveriam ser modificadas. A construção, da hoje fundamental, Avenida Rio Branco é um exemplo disso. Para que essa avenida fosse construída, diversos cortiços foram demolidos sem nenhuma indenização para as famílias residentes. Pereira Passos tem pelo menos a seu favor o benefício do julgamento da História. Ou seja, suas decisões polêmicas da época hoje são vistas como decisões acertadas, visto o desenvolvimento da Capital Fluminense.
E agora nos dias atuais?! Faz sentido expulsar famílias em nome da realização de eventos esportivos?! Será que a História vai julgar as decisões de hoje (explusão de pessoas de suas casas) como julgou a Reforma de Pereira Passos?! Eu, sinceramente, acho que não!
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