domingo, 22 de janeiro de 2012

Não Podemos Admitir Que a Criticidade Se Torne Algo Constrangedor...

As pessoas, quase que invariavelmente, gostam das coisas que os outros gostam. Falam daquilo que os outros falam. Vestem aquilo que os outros vestem. Enfim, vivem suas vidas baseadas em outras vidas. Isso é uma opção pessoal de cada um, respeito. Contudo, é bom que se respeite também as pessoas com opiniões contrárias. É necessário valorizar o ser crítico. É fundamental entender que temos o direito de sermos contra. Contra o modismo, contra as frases feitas, contra os esteriótipos, etc. O que trás a unidade para a humanidade é exatamente a diversidade. "A diversidade forma a unidade." O problema é que cada vez mais ser crítico, ter opiniões diferentes, se posicionar racionalmente tem se tornado algo constrangedor. É isso mesmo, constrangedor. A maioria absoluta das pessoas vivem em um "estado de coma semi-profundo" (em alguns casos profundo) onde tocam os barcos de suas vidas ao gosto popular. Se é isso que faz sucesso, eu escuto. Se é isso que se assiste na TV, eu vejo. Se é isso que se comenta nas redes sociais, eu comento. Todavia, se você é uma pessoa que antes de assistir, ouvir ou fazer alguma coisa se pergunta "Por que?", você é o "diferente", é "metido a intelectual", é "desinteressante" é o "careta". Ah, como foi feliiz o Carlos Nascimento ao pronunciar: "(...) e nós já fomos mais inteligentes." Em suma, penso que está ocorrendo um processo de inversão de valores culturais no Brasil. O pensamento fútil, pífio e patético está sendo colocado como "genial". Já o pensamento interessante, crítico e enrriquecedor está sendo colocado como "banal".

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