Cada vez mais observo uma triste realidade entre nossos estudantes de hoje. A maioria absoluta deles vive sem livros e sem leituras. Nem ao menos um jornal, uma revista, nada. Não por acaso, é sabido de todos que existe hoje uma clara necessidade de se criar nas escolas o hábito de leitura como forma de desenvolver o espírito crítico.
Essa realidade reflete graves problemas entre nossos estudantes, dentre eles, um universo vocabular extremamente pobre e restrito. Outro problema é a falta de estrutura para receberem as informações que são despejadas em profusão todos os dias, de forma cada vez mais rápida e intensa. Consequentemente, o que se tem é um jovem alienado e indiferente.
Não conseguem interpretar os acontecimentos do mundo. Apenas seguem tendências e idéias, sendo incapazes de se expressar bem e formular suas próprias idéias. Essa carência de expressão e percepção transforma os nossos jovens em meros repetidores do que mal ouvem e do que vêem de relance.
Tudo isso impulsiona a vida de nossos jovens a se restringir em um universo pequeno, e esse pequeno universo será o definidor de sua participação na sociedade que, certamente, também será pequena.
Apontar culpados pra falta de leitura dos jovens estudantes não é tarefa fácil, mas com certeza a raiz desse problema está na escola que não consegue desenvolver no aluno o hábito da leitura e, portanto, falha em sua missão de dar os instrumentos para um saber pensante.
Essa é a triste realidade presente em todos os Estados brasileiros, jovens alunos que não lêem nem sequer jornais e revistas, tornando-se assim meio cegos e mudos.
Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)
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