quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Rio Olimpíadas 2016 X Rio Insegurança Pública 2009




Não é novidade para ninguém que o Rio de Janeiro sofre com interminantes problemas de segurança pública. Em contrapartida, nunca é demais se refletir sobre esse assunto, sobretudo quando se tem um componente da magnitude de uma olimpíada.
Recentemente assistimos a mais um episódio dramático com estirpe de filme de guerra em uma favela carioca. Um helicóptero foi abatido em mais uma operação ineficiente da policia militar. Esse episódio ilustra a total falta de condições técnicas da PM na repreensão do crime organizado. É interessante lembrar que, um efetivo grande de policiais não se traduz em um efetivo eficiente. Entrar em uma favela com 2000 homens pode ser mais perigoso e ineficiente do que entrar mesma favela com 50 homens, tudo vai depender do grau de condicionamento técnico, físico e estratégico dos grupamentos em questão. Vejamos o caso do abatimento do helicóptero. É sabido da polícia que os traficantes cariocas possuem em seu arsenal armas como o “fuzil 762”, a metralhadora “ponto 50” e a metralhadora “ponto 30”, todas elas com poder antiaéreo. Sabendo disso como se justificar a entrada de um helicóptero não preparado para missões de guerra voando a uma altura convidativa para o abatimento?! Isso foi com pedir a um militar que dançasse tango sobre um campo minado, o resultado não poderia ser outro. Isso é reflexo da falta de comando estratégico da PM. Não se pode querer combater o crime e dar segurança a população agindo de forma tão infantil e ridícula como o ocorrido recentemente. Enquanto a polícia se mostra despreparada e ineficiente os criminosos passam regularmente por treinamentos táticos de guerrilhas. Enquanto a polícia utiliza armas relativamente ultrapassadas os criminosos se renovam até mesmo com “lança mísseis de mão” vindos da OKAIDA. A única medida da secretaria de segurança pública do Rio e da PM e a realização de novos concursos pra ingresso na PM. Formar novos policiais não resolve. Antes de se pensar em formar novos policiais, é preciso que se pense em formar bons policiais. Entre um grande contingente e um bom contingente deve-se optar pelo segundo.
Esperamos por mudanças. Tomara que com os jogos olímpicos e os inevitáveis investimentos elas venham, e tomara também que se vierem continuem como um legado para sociedade tão assustada e tão desamparada pelas instituições que deveriam protegê-la.

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

Os Jovens e a Leitura: Como Está Esse Relacionamento?!




Cada vez mais observo uma triste realidade entre nossos estudantes de hoje. A maioria absoluta deles vive sem livros e sem leituras. Nem ao menos um jornal, uma revista, nada. Não por acaso, é sabido de todos que existe hoje uma clara necessidade de se criar nas escolas o hábito de leitura como forma de desenvolver o espírito crítico.
Essa realidade reflete graves problemas entre nossos estudantes, dentre eles, um universo vocabular extremamente pobre e restrito. Outro problema é a falta de estrutura para receberem as informações que são despejadas em profusão todos os dias, de forma cada vez mais rápida e intensa. Consequentemente, o que se tem é um jovem alienado e indiferente.
Não conseguem interpretar os acontecimentos do mundo. Apenas seguem tendências e idéias, sendo incapazes de se expressar bem e formular suas próprias idéias. Essa carência de expressão e percepção transforma os nossos jovens em meros repetidores do que mal ouvem e do que vêem de relance.
Tudo isso impulsiona a vida de nossos jovens a se restringir em um universo pequeno, e esse pequeno universo será o definidor de sua participação na sociedade que, certamente, também será pequena.
Apontar culpados pra falta de leitura dos jovens estudantes não é tarefa fácil, mas com certeza a raiz desse problema está na escola que não consegue desenvolver no aluno o hábito da leitura e, portanto, falha em sua missão de dar os instrumentos para um saber pensante.
Essa é a triste realidade presente em todos os Estados brasileiros, jovens alunos que não lêem nem sequer jornais e revistas, tornando-se assim meio cegos e mudos.


Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

A Polêmica da Não Obrigatoriedade do Diploma Para o Exercício do Jornalismo



Diante da decisão do STJ de anular obrigatoriedade do diploma de jornalista para o exercício da profissão, algumas pessoas têm me perguntado com frequência qual a minha opinião a esse respeito e, diante desse número considerável de e-mail que recebi, decidi postar aqui no blog meu posicionamento.
Pra começar, analisando a grade da maioria dos cursos de jornalismo, pude perceber que a faculdade é um pouco genérica no sentido de estudar de tudo um pouco mais sem nenhuma especialização mais clara. Por esse motivo eu considero, com todo respeito às pessoas que cursaram ou cursam essa graduação, um pouco de desperdício de tempo passar quatro anos num curso que a bem da verdade não prepara devidamente o profissional. Qualquer profissional que procura seu espaço no jornalismo sai da faculdade e se especializa em alguma área. Por esse motivo eu defendo não um diploma de graduação em jornalismo, e sim um curso de pós-graduação ou especialização como queiram denominar. Em minha opinião a pessoa deve ter um diploma sim, mas não necessariamente em jornalismo. Por exemplo, a pessoa pode se formar em História e se especializar em uma área jornalística que mais se identifique, buscando as ferramentas técnicas para a profissão. Ou então, a pessoa pode se formar em direito e se especializar, por exemplo, em jornalismo criminal, ou investigativo. Defendo que o profissional deve sim passar pela faculdade, mas em minha opinião qualquer faculdade serviria desde que houvesse cursos de especialização a título de pós-graduação que proporcionasse ao interessado pela profissão condições técnicas para o trabalho.
Contudo, não existe hoje no Brasil essa realidade de especializações em jornalismo, até porque a faculdade é, até então, o veiculo de formação mais comum para o futuro jornalista. Por essa inexistência de cursos de especialização eu tenho que me posicionar entre o grupo de pessoas que defende o diploma universitário para o exercício da profissão, mesmo não achando que é o melhor caminho. Não faz sentido liberar o exercício de uma profissão tão importante para qualquer pessoa, isso comprometi todo o prestígio de uma categoria de profissionais sérios que há tantos anos nos presta serviços extremamente importantes. A legitimidade da informação passa necessariamente pela avaliação séria e lúcida das fontes, e isso só pode ser feito por quem de direito se preparou para tal coisa.
Por fim, queria dizer que existem tantas coisas importantes e necessárias para serem julgadas, estudadas e modificadas pelo STJ e que não saem da pauta, porque então modificar (pra muito pior) algo que não aspirava nenhuma urgência ou necessidade?! E pra quem tem o sonho de ser jornalista e pensa em ingressar na faculdade de jornalismo eu deixo o meu triste conselho: procure outra graduação na qual você se identifica e que lhe possibilite fazer uma ponte com o jornalismo, pois infelizmente o STJ sepultou sem choro e nem vela o Curso de Jornalismo.

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

Uma Homenagem à Nicolau Maquiavel




Muitas vezes escuto, de alguns amigos do meio acadêmico, comentários a respeito de Nicolau Maquiavel e sua obra. Nem sempre escuto bons comentários, às vezes vejo pessoas crucificarem Maquiavel (muito em virtude de leituras mal feitas de sua obra) acusando-o e diminuindo sua importância dentro do pensamento intelectual, político e social ao longo da história. Acusam-no de ser antidemocrático, acusam-no de ser pragmático de ser violento de pregar pensamentos conflituosos. Quando ouço essas coisas fico extremamente triste e começo a pensar como alguém tão importante e inteligente como Maquiavel pode estar sendo perseguido por pessoas que nem sempre tem leituras suficientes para tais críticas. Em sua obra clássica denominada “O Príncipe” Maquiavel demonstra toda sua sabedoria empírica e intelectual e nos revela brilhantemente as luzes da Ciência Política. A maioria das acusações a seu respeito são feitas de maneira infundada, sem bases sólidas. Acusam Maquiavel de ser antidemocrático olhando sua obra com os olhos de hoje e se esquecem que seu contexto estava longe de uma democracia liberal. Criticam sua forma de enxergar o “bem” e o “mal”, mas na verdade Maquiavel nos revela graciosamente que “A pureza de intenções é capaz de todos os crimes, exatamente como as intenções mais funestas são capazes dos mais nobres atos”. Esquecem-se de que, se hoje temos políticos idiotas e vulgares, Maquiavel já nos apontava para importância no meio político da informação e sabedoria. Esquecem-se de que, se por um lado Maquiavel possa parecer “implacável defensor do poder dos príncipes, e do uso cruel da força bruta por outro se apresenta como defensor da liberdade do povo e mestre sutil da arte de resistir à opressões dos príncipes” o que deixa a dúvida sobre um Maquiavel Republicano ou Monarca. Esquecem-se de que esse filho de seu tempo, o Renascimento, conseguiu transcender as fronteiras de seu espaço e de seu tempo. Esquecem-se de que Maquiavel era um digamos “burocrata de 1º escalão” e gozava de muito prestígio dentro do governo Florentino principalmente pelo que tinha de melhor, a informação. Esquecem-se que Maquiavel era dotado de inteligência lúcida e “foi um dos raros autores a construir sua teoria política a partir da combinação de experiência concreta no trato da coisa pública com a observação aguda do processo político”. Maquiavel aliou ainda o estudo da História para chegar ao conhecimento das ações dos grandes homens, os novos paradigmas da atividade política.
Queria terminar essa homenagem à Maquiavel dizendo que esse homem “não se deixa aprisionar em nenhuma camisa de força capaz de descrevê-lo com precisão, coerência ou nitidez”, e por isso mesmo constitui marco inestimável na trajetória da ciência política universal. Maquiavel nos ensinou que política é antes de tudo exercício de escolha. Maquiavel nos legou que: “a ação política, para ser eficaz e responsável, exige informação correta, diagnostico oportuno, avaliação adequada dos resultados previsíveis, capacidade de decisão e, sobretudo, sabedoria”.

Fontes utilizadas:
MOREIRA, Marcílio Marques, O Pensamento Político de Maquiavel, Brasília, Editora Universidade de Brasília, 1980.

MAQUIAVEL, Nicolau, O Príncipe (1513-1516), Editora Martin Claret, 2007.

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

A “Farra dos Peixes” do Bairro Cidade Nova



Aqui em Stº Antº de Pádua, no bairro Cidade Nova existe um valão que durante quase todo ano fica vazio e sem vida, servindo quase que exclusivamente como receptor do esgoto de todo bairro, o que configura um despejo diário de um número extremamente alto de substâncias poluidoras. Por esse motivo o valão é sujo, cheira mal e não apresenta sinal de nenhum tipo de vida aquática, salvo pouquíssimas exceções. Desta feita, podemos dizer que o valão não tem nenhum atrativo que possa motivar alguém a estar em suas margens ou próximo dele.
Contudo, essa realidade triste é transformada durante os períodos de chuva na Cidade. Ao receber em suas nascentes um volume grande de águas pluviais, o valão tem sua rotina transformada e passa a ser o centro das atenções no Bairro Cidade Nova. Todos os anos quando seu nível de água sobe e sua aparência fica momentaneamente modificada ocorre o que eu denomino “A Farra dos Peixes”. Se antes o valão não hospedava nenhum peixe, com o regime de chuvas fortes ele passa a ter em suas águas um volume incrivelmente alto dos mais variados cardumes. Esse fenômeno atrai o interesse de todos os pescadores do Bairro e até mesmo de bairros visinhos que se deslocam para o valão com suas redes para darem início a mais uma “Farra dos Peixes”. São tantas redes e pescadores que é impossível passar pelo local e não parar pra acompanhar a pescaria múltipla. O valão fica tomado em suas margens por Pescadores e curiosos, o que transforma o poluído e desinteressante valão num centro de entretenimento, diversão e atividade social. Os pescadores com suas redes procuram voltar para casa com um bom número de pescado, os curiosos aproveitam o momento de descontração para conversar uns com os outros e ficam torcendo para que das águas do valão saiam os maiores peixes possíveis. A “Farra dos Peixes” chega a reunir entre 10 e 15 pescadores que dividem entre si os espaços do valão a procura da melhor lançada de rede. Estimo que a cada vez que essa “Farra dos Peixes” acontece, o número de curiosos que passam pelo valão ao longo da pescaria chegue a 200.
Escrevi essa matéria impulsionado pela última “Farra dos Peixes” que ocorreu em 19 de outubro de 2009, na qual eu estava presente acompanhado e registrando tudo. A “Farra” não tem data prevista e acontece em qualquer período do ano, basta que chova bastante e que as águas do valão do Bairro Cidade Nova subam para que ela ocorra.
É claro que nem tudo na “Farra dos Peixes” é festa. Existem grandes problemas que devem ser apontados. O principal deles é que, o fato do valão estar aparentemente limpo durante as cheias não garante a qualidade do pescado o que pode gerar problemas de saúde. Outra coisa que percebo é a presença de crianças em volta do valão o que é um risco para elas, pois a queda na água é um convite ao afogamento. Já presenciei também crianças pescando durante a “Farra” e lugar de criança é estudando e brincando não pescando com redes.
Acredito que o poder público poderia ser mais atencioso e transformar essa “Farra dos Peixes” que hoje é um evento isolado, em uma atividade que gerasse renda para os pescadores da região. Enquanto isso não ocorre ficamos esperando a próxima “Farra dos Peixes” e torcemos para que um dia o poder público tenha mais consciência ambiental e social, e não deixe que um valão de tanto potencial seja a privada de um bairro.

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

sábado, 17 de outubro de 2009

Dia dos Professores: Os Heróis das Causas Perdidas



No último dia 15 foi "comemorado" o dia do Professor. Sem dúvida estabelecer uma data que homenageie esse profissional tão importante é quase uma obrigação social. O lamentável é saber que essa homenagem não passa de uma hipocrisia ridícula, uma vez que, do ponto de vista prático, o profissional de educação no Brasil é massacrado cotidianamente por um governo omisso, negligente, pateta, anacrônico, ridículo e cara-de-pau que nada faz para melhorar as condições de trabalho de nós professores. Se melhorar a condição de trabalho de nós, profissionais da educação, e consequentemente a própria educação brasileira fosse algo difícil, ainda poderíamos justificar a falta de ação do governo, todavia, todos nós sabemos como fazer isso, todos sabem quais são os problemas, mas ninguém quer solucionar, todo mundo sabe enumerar as maiores dificuldades pelas quais os professores passam, mas ninguém muda isso.
Ser professor no Brasil é quase uma missão inglória. Investimos em nossa formação visando sermos bons profissionais e o governo insiste em oferecer esses salários ridículos que só servem para afastar da sala de aula pessoas vocacionadas e competentes para o magistério. Queremos transformar a realidade social através da educação e o que ganhamos com isso são as piores condições de trabalho possíveis. Queremos revolucionar o mundo e somos freados por uma avalanche reacionária que emana do governo.
Muitos educadores migram da sala de aula para outra profissão que exige muito menos capacidade intelectual, impulsionadas por essa total falta de perspectiva de melhorias. Como podemos sonhar com dias melhores para educação brasileira se nem ao menos os profissionais de educação são respeitados enquanto tal?! Perguntas desse tipo fazem com que constatemos que todo e qualquer tipo de manifestação, medidas, decretos e leis governamentais que supostamente visam a melhoria da educação no Brasil não passam de palavras ao vento que muito melhor se classificam como mentiras mesquinhas.
Em contrapartida nós, profissionais da educação, nos mantemos firmes em nossos ideais. Ouvimos cotidianamente que ser professor no Brasil é perda de tempo. Somos intelectuais de formação e vemos outros profissionais semi-analfabetos andarem de carros do ano, e nem por isso deixamos de estudar e nos enriquecer de conhecimentos visando sermos os melhores. Somos heróis, somos os "Dom Quixote" do mundo contemporâneo e "até pode ser que os dragões sejam moinhos de vento", mas acreditamos em nossos ideais. E mesmo que o governo nos faça cada vez mais acreditar que nossa causa é uma causa perdida continuamos trabalhando e se for o caso assumimos o título de "rebeldes sem causa" e seguiremos em frente mesmo que seja apenas "por amor as causas perdidas!"

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O "Bem" e o "Mal" na Política Brasileira: Dá Pra Medir?!


Em nossos dias atuais, marcados pro uma profusão de escândalos políticos, seria um exercício interessante fazermos (ou pelo menos tentarmos fazer) uma reflexão que nos ajude descobrir qual é a medida da maldade de nossos parlamentares.
A julgar pelas análises políticas de Maquiavel (por quem tenho total admiração e respeito) o "bem" e o "mal" não fazem sentido na vida sociopolítica. Essa percepção de Maquiavel serve para nos mostrar que a noção que temos de "bem" e "mal" e que aplicamos na vida social não são as mesmas que devemos ter quando estamos falando de política. Isso se deve muito ao fato de que as ações políticas são impossíveis de serem julgadas (como boas ou ruins) no momento em que estão sendo tomadas. Somente o futuro (ou o resultado dela no futuro) pode determinar seu valor.
Contudo essa posição genial que Maquiavel defende só deve ser aplicada em termos institucionais. Não podemos enquadrar todas essas ações criminosas de nossos digníssimos parlamentares no contexto das ações políticas que acima me referi, embasando-me em Maquiavel. Nesse sentido é possível traçar um paradoxo entre as ações políticas que Maquiavel diz serem imunes de julgamento de valor imediato e as ações políticas criminosas de nossos parlamentares. Nas ações que Maquiavel se refere, o governante age de acordo com as necessidades de momento, mesmo que para isso tenha uma conduta socialmente questionável. Em contrapartida, as ações de nossos políticos de hoje visam, na maioria absoluta das vezes, o bem estar próprio nem que pra isso tenham que mutilar o povo.
Em Maquiavel as ações políticas não podem ser julgadas no momento em que estão sendo tomadas, restando ao tempo o julgamento. Atualmente no Brasil as ações políticas (criminosas) também não podem ser julgadas no momento em que estão sendo tomadas, a diferença é que não resta ao tempo o julgamento, mas sim ao Conselho de Ética do Senado. O tempo como julgador nós deixa uma incógnita, o Conselho de Ética uma certeza: Todas as ações políticas (criminosas) são julgadas como boas ações.
É difícil refletir sobre o "bem" e o "mal" na política, sobretudo na política brasileira. Ou melhor, é fácil. Simplesmente não existe o "mal" na política brasileira. O "mal" na política brasileira é fruto da nossa imaginação. Podemos todos ficar tranqüilos, o Conselho de Ética do Senado nos prova isso com seus julgamentos. Tudo não passa de fruto da nossa poluída imaginação!

Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

ENEM Vem Que Não Tem!



ENEM Vem Que Não Tem!

Questão de Português:

1) Na frase: "Roubaram a prova do ENEM e deixaram mais de quatro milhões de estudantes perplexos.", onde está o sujeito?

a) Está sendo investigado e responderá a um rigoroso inquérito policial que não vai dar em nada;

b) Está em casa tranqüilo e dando gargalhadas pela ineficiência do sistema de educação brasileiro;

c) Está em casa tranqüilo e comemorando a escolha do Rio para sediar as olimpíadas de 2016.


Profº Adriano Vieira (Graduado em História-UNIFSJ)

domingo, 4 de outubro de 2009

Comemora (políticos do) Brasil, as Olímpiadas e a Copa Serão Aqui!


Enfim o Brasil receberá os jogos olímpicos! Isso sim é um fato que merece muita comemoração, não acham?! Tem uma classe no Brasil que certamente ficou muito feliz com a escolha do Rio como sede dos jogos (talvez, ou com certeza, mais feliz que qualquer outro brasileiro). Pensaram que eu estava falando da classe dos atletas?! Se enganaram! Me refiro a classe dos políticos, que já estão fazendo planos para como desfrutar do irriquecimenti ilícito que os espera em virtude das obras a serem realizadas! Talvez a comemoração efusiva da comitiva brasileira na Dinamarca seja um sinal de que dias melhores virão, pra eles é claro! É pra completar a "alegria" de nossos políticos já teremos um "tira gosto" em 2014 com a Copa! Não é de se comemorar?!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O Vazamento das Provas do ENEM X Realidade Educacional Brasileira


Mais uma vez o Brasil recebe perplexo uma notícia terrível sobre a capacidade de organização na educação brasileira. Bastou o ENEM ganhar um peso maior no contexto universitário (servindo em muitas instituições federais de ensino superior como único critério de entrada) para que a prova, ou melhor, as provas fossem "misteriosamente" surrupiadas e fossem parar nas mãos de pessoas também "misteriosas", sabe-se lá desde quando.
Coisas desse tipo retratam bem a realidade do ensino brasileiro. Encontramos vários problemas orgânicos em nossa educação. Não temos uma organização minimamente confiável para nos dar garantias básicas de que um dia poderemos ter uma educação de qualidade em nosso território. O episodio do vazamento das provas do ENEM ilustram maravilhosamente bem o quão distantes estamos de termos algum tipo de qualidade em nossa educação. Não adianta termos apenas boas teorias pedagógicas para transformarmos nossa educação (mesmo essas teorias pedagógicas sendo essenciais), não basta que, nós professores, nos esforcemos em mudar nossa realidade (mesmo esse esforço sendo essencial). É necessário que tenhamos políticas públicas sérias que sirvam de suporte pra todo plano teórico educacional. Ora, se não conseguimos nem ao menos manter o sigilo de uma prova, que coloca em jogo o destino de mais de quatro milhões de inscritos, como podemos sonhar com dias melhores? Não sejamos enganadores de nós mesmo e não banquemos os defensores do "pedagogês" ridículo que muitas pessoa teimam em defender. Essa história de que basta que os professores façam isso, basta que apliquemos a teoria disso ou daquilo, basta que os professores façam diferente, etc, etc, etc, não passa de uma ridicularidade de que tem um horizonte intelectual reduzido.
A inexistência de políticas públicas sérias, de um sistema de ensino organizado organicamente, de pessoas preparadas (ou pelo menos que saibam o que é uma sala de aula) para assumirem cargos estratégicos para educação brasileira, impossibilita drasticamente uma mudança em nossa realidade educacional e, em casos como o do vazamento da prova do ENEM, nos rouba até mesmo uma perspectiva de dias melhores.
Queria terminar com uma comparação interessante. Imaginemos que as teorias educacionais e de ensino sejam os livros de uma estante, e imaginemos essa estante cheia desses livros. Agora, por outro lado, imaginemos que as políticas públicas sérias para educação sejam uma mesa, e que essa mesa seja muito pequena. Com uma mesa tão pequena não seríamos capazes de abrir todos os livros da estante sobre ela. Haveria uma desproporção entre a grandiosidade dos livros da estante e o tamanho reduzido da mesa e, consequentemente, uma impossibilidade de um bom trabalho nesse contexto.
É assim que vejo a nossa realidade educacional. Temos grandes teorias e muitos sonhos de utiliza-las, todavia, não temos uma política educacional séria que nos dê o suporte necessário para tornarmos isso possível, principalmente em um país onde não conseguimos nem manter o respeito a nossos estudantes, e deixamos vazar por aí as provas de um exame tão importante, sobretudo esse ano, como o ENEM.

Profº Adriano Vieira (graduado em História-UNIFSJ)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Alguns Vexames São Desnecessários, o Em Honduras Era Um Desses.


Queria nesse texto voltar a falar sobre a crise política em Honduras, importando-me mais de perto com a participação do governo Brasileiro nela.
Como disse anteriormente, considero que a intervenção do governo brasileiro na crise hondurenha é absolutamente desnecessária. Como expliquei, em texto anterior postado aqui no blog, considero que o que houve em Honduras não foi um Golpe de Estado tal como o governo brasileiro insiste em afirmar (pelo menos não um golpe clássico). Todavia, o governo brasileiro acredita estar intervindo em favor da democracia e contra um golpe em Honduras (qualquer semelhança com os EUA talvez não seja meramente coincidência) e é nesse ponto que enxergo uma contradição interessante de se analisar. Ora, se o governo brasileiro considera o "Governo Interino" de Honduras um "Governo Golpista" deveria supor que, em se tratando de governos golpistas, o debate diplomático não é a melhor ferramenta de negociação, principalmente se a negociação for entre Nações organicamente diferentes. Seguindo essa linha diplomática a única coisa que o Brasil conseguiu até agora foi agravar ainda mais a crise na medida em que apóia a volta do presidente deposto, quando a principal exigência do "Governo Interino" para aceitar negociar é a desistência de Manoel Zelaia de voltar ao governo.
O fracasso das negociações e, em última análise, da intervenção brasileira na crise é claro. O próprio Ministro das Relações Exteriores deixou claro que não pode garantir a integridade da Embaixada Brasileira em Honduras. Já disse que considero a intervenção brasileira na crise hondurenha um erro e agora analiso que esse erro gerou um efeito em cascata, vejamos os passos de mais um vexame brasileiro: 1º) Intervenção desnecessária em uma questão de Estado de Honduras; 2º) Fracasso nas negociações; 3º) Aumento do Clima de Instabilidade Política; 4º) Mais um fracasso ao tentar impressionar a ONU para garantir uma cadeira na Organização.
Queria terminar deixando algo que vale a pena ser observado e pensado. O governo brasileiro entrou de cabeça na crise em Honduras utilizando-se da retórica Norte-Americana de que se tratava de um golpe que colocaria em risco a democracia na América e um a risco para Comunidade Internacional. Em contrapartida, o governo iraniano (esse sim de verdade) assusta, provoca, afronta e ameaça frequentemente a Comunidade Internacional e eu conheço apenas duas pessoas que acreditam que o Irã enriquece Urânio para fins pacíficos; Uma delas é o próprio presidente iraniano (pelo menos ele diz que acredita) e a outra é o Presidente Lula, que teve a "cara-de-pau" de dizer isso junto ao G-20. Vale lembra que até a Rússia (historicamente aliada política do Irã) começa a demonstrar apoio a possíveis sanções ao Irã em virtude de seu projeto nuclear.
É isso... Tanta preocupação e vexame em Honduras por um lado, e por outro tanta tolerância e "vista grossa" com o Irã. Contradição?! Ironia?! Insanidade?! Não sei ao certo, mas sei que alguma coisa ta errada o que, em se tratando de Brasil, não chega a ser uma novidade.

Profº Adriano Vieira (graduado em História-UNIFSJ)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Crise em Honduras X A Intervenção Brasileira



A crise política hondurenha vem sido notícia no mundo inteiro. Muito se tem discutido sobre esse assunto, visto a sua proporção o que, em última análise, preocupa o continente americano como um todo, e principalmente a América Latina. Isso posto, é necessário que se façam algumas ponderações a esse respeito principalmente no que concerne a atuação do governo brasileiro na crise.
Primeiramente é necessário entender o que de fato está ocorrendo em Honduras. O Presidente (o que estava em exercício) desencadeou um processo de muita instabilidade no cenário político ao propor um reforma constitucional que tinha como único objetivo tornar possível a sua reeleição. Essa proposta caiu como uma bomba, principalmente na oposição que de maneira nenhuma aceitaria tal mudança. É bom que se ressalte que, segundo a Constituição hondurenha, nenhum presidente eleito poderá se reeleger e seu mandato único será de quatro anos. A Constituição diz ainda que qualquer Presidente que proponha qualquer tipo de mudança constitucional visando o direito de reeleição deve ser afastado imediatamente da presidência, e as pessoas que promoverem essa reeleição devem perder a cidadania hondurenha.
Nesse sentido o Presidente hondurenho (o que foi afastado) incorreu em crime constitucional ao tentar violentar a Constituição. Como a Constituição não prevê como o afastamento do presidente que tentar se reeleger deve ser feito, ele acabou expulso do país pelos militares de Honduras (de madrugada e de pijama), decisão tomada pela Suprema Corte de Honduras, que tem como uma de suas funções interpretar as Leis Constitucionais. Assumiu interinamente o governo o Presidente do Congresso de Honduras, e a grande discussão ficou sendo se o que houve foi o cumprimento da Lei contida na Constituição ou se tratou de um clássico golpe de Estado. Vale lembrar que existem bons argumentos para as duas vertentes explicativas.
É nesse contexto que o governo brasileiro decidiu dar uma de EUA e interferir nas questões de Estado da "vizinhança", o que a meu ver é engraçado a beça! Em mais uma dessas atitudes insanas do Presidente Lula, o Brasil passou a levantar a bandeira pró retorno do presidente ao poder, o que acredito só estar sendo feito por desconhecimento da Constituição de Honduras, ou então se trata de mais uma declaração de amor do Lula ao seu ídolo Hugo Chaves, que também apóia o presidente deposto. O apoio de Hugo Chaves é muito compreensivo, trata-se de um presidente que alterou diversas vezes a Constituição Venezuelana e aumentou substancialmente seus poderes, apoiando outro que tentou fazer o mesmo. No caso do Lula, acredito que se trate primeiramente de uma coisa desnecessária do ponto de vista de alguma possível vantagem que o Brasil poderia tirar, até porque, não acredito que isso ajude o Brasil a conquistar uma cadeira na ONU o que, diga-se de passagem, tem sido o combustível das ações brasileiras em suas missões de paz, suas manifestações em favor da democracia em outros paises, etc...etc.. essas coisas hipócritas que o governo faz olhando pra Europa. Penso também, que possa estar havendo algum tipo de afinidade entre a vontade do presidente deposto hondurenho em se perpetuar no poder e aquela história medonha de se alterar a Constituição Brasileira e a possibilidade do presidente Lula disputar outra eleição que se ouviu muito forte há muito pouco tempo atrás.
Sei que talvez isso possa ser "forçar de mais a barra", mas tudo é possível quando falamos de presidente Lula, afinal imaginar que um dia o Lula, o Sarney e o Collor seriam amigos e parceiros políticos, também poderia ser considerado "forçar a barra", no entanto hoje é uma realidade.
Seja como for, o fato é que as Questões de Estado dizem respeito a cada país e devem ser tratadas internamente, de modo que interferir (exceto quando claramente necessário) na política de outros países é sempre algo perigoso e desnecessário.


Profº Adriano Vieira (graduado em História – FSJ)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Racionalidade em Favor da Ignorância em Pádua




É impressionante como às vezes o ser humano se esforça pra negar sua racionalidade. Parece que às vezes as pessoas gostam de agir sem nenhum resquício de inteligência, ou qualquer outra virtude típica de nossa espécie.
Vejamos; aqui em Stº Antº de Pádua presencio várias vezes situações que me fazem crer cada vez mais que o ser humano sofre de algum tipo de "síndrome de ignorância". É como se, por alguma carência injustificada, as pessoas começassem a agir como animais irracionais, (sem querer ofender os animais irracionais que somente agem por instinto de sobrevivência) abrindo mão de um privilégio único de nossa raça, notadamente a inteligência mais apurada que se conhece entre todos os animais.
Recentemente, a Prefeitura Municipal espalhou pelas ruas da Cidade lixeiras de coleta seletiva. Isso é sem dúvida uma atitude inteligente que visa promover a melhor destinação final para cada categoria de lixo. Mas infelizmente não é todo mundo que pensa assim. Alguns "ilustres paduanos" tiveram a "racional" idéia de, em tempo Recorde, destruir todas as lixeiras instaladas pela prefeitura. Fizeram uma verdadeira "caçada animal" e danificaram todas essa lixeiras, de modo que é possível encontrar pedaços do que sobraram delas por toda parte.
Quando vi essa realidade aqui fiquei me perguntando: Quem será que quebrou essas lixeiras? Porque tanto empenho em realizar uma tarefa tão desgastante pra nada? As respostas que obtive, por meio da observação empírica em meio à madrugada, foi tão ridícula quanto o próprio vandalismo em si. Ninguém mais ninguém menos que em grupo de jovens de classe média alta, residentes aqui mesmo na cidade e que resolveram incorporar no cronograma das festas de fim de semana a "inteligente" e "sadia" diversão de quebrar lixeiras. Confesso que não me surpreendi, pois os maiores idiotas que conheço têm esse mesmo perfil que acima descrevi, mas não pude deixar de me decepcionar, afinal, pertenço à mesma espécie que eles (a espécie humana) e é triste saber que alguns de nós são tão limitados.
Pra finalizar, nesse mesmo dia em que descobri quem são os animais que estavam quebrando as lixeiras, vi um cachorro revirando o lixo de uma dessas lixeiras que esses animais humanos tinham posto ao chão. A princípio ironizei dizendo comigo mesmo: Esse cachorro é cúmplice desses caras, ta fazendo igual a eles. Todavia, refleti e cheguei a conclusão que de maneira alguma posso comparar a nossa raça humana (tão desenvolvida, tão racional, tão soberana) a de um animal como o cachorro. Afinal eu não tinha o direito de ofender aquele cachorro que apenas estava fazendo sua refeição!


Profº Adriano Vieira

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Temos o Que Merecemos, Até a Política.


Cada vez mais me convenço de que vivemos um momento jamais visto em nossa realidade social. Queria muito dizer que esse momento é bom, todavia classifico esse momento como TERRÍVEL. Refiro-me ao completo estado de bestialização em que a sociedade brasileira se encontra, sobretudo, no que concerne a nossa política. De maneira irônica, (e porque não dizer ridícula) a sociedade parece estar em um "coma profundíssimo" e não se atentam para as questões mais agudas que necessitam ser discutidas por nós, e mais que discutidas necessitam ser pensadas. Chego a essas conclusões por diversos meios, mas talvez o alto percentual de aceitação do atual governo, notadamente o governo Lula, seja a prova mais concreta de que estamos bestializados diante de uma realidade assaz difícil no âmbito político, que tem seu ponto de desembarque na esfera social, visto a inviabilidade de se separar os problemas desses dois seguimentos. A população parece ter adotado pra si o seguinte lema: "O menos pior já está bom!". O Presidente da República é "endeusado" por uns poucos méritos econômicos (lembrando que nesse sentido não se percebe muitas alterações relativas ao governo anterior) e não é crucificado por sua explicita conivência com a corrupção, conivência essa que já caracteriza o que, na ciência política, é conhecido como "estelionato político", visto que a bandeira "petista", num passado não muito distante, era levantada contra a corrupção. O Senado Nacional, que em tese seria a Casa das Leis, tornou-se a casa dos "atos secretos" em benefício dos propios senadores e de seus "chegados" sem que isso se configurasse em uma revolta social, quando muito, virou uma boa matéria jornalística não muito levada a sério pela sociedade. Parece que o que importa pra sociedade não é exercer sua função cidadã de cobrar seriedade das elites política. O que importa de verdade é ser feliz, e a felicidade nesse caso virou sinônimo de alienação. Estamos na era da internet, da convergência de mídias, as informações estão borbulhando em um turbilhão de meios de comunicação e a sociedade mesmo assim "não esta nem aí". Pra ser sincero, às vezes acho que a sociedade tem a política que merece, às vezes penso que o que a sociedade gosta mesmo é de ser violentada das maneiras mais variadas possíveis. Recentemente tenho ouvido aqui em minha cidade muitas coisas que ilustram isso que acabei de dizer. Por aqui acabou de se realizar um concurso público o que, diga-se de passagem, é uma grande vitória da sociedade paduana. Esse concurso coloca a funcionalismo público daqui em uma lógica de legitimidade até mesmo constitucional, por isso é uma grande vitória do povo paduano. É nesse contexto que me convenci ainda mais de que o povo gosta do errado, da política cafajeste, da ilegalidade visto que, não raramente, tenho ouvido pelas ruas coisas do tipo: "Eu vou conversar com o vereador ‘fulano’ pra ‘encaixar’ minha filha, pois ela não passou no concurso", ou então: "Eu vou pedir ao político ‘ciclano’ que tente reposicionar minha filha porque ela passou com uma nota muito baixa". São coisas desse tipo que me fazem pensar: Será que a sociedade merece bons políticos? Será que não seria uma incoerência que fossemos governados por pessoas honestas? De qualquer forma ainda dá pra sair do coma em que nos encontramos, a pergunta é: Será que queremos sair?!

Profº Adriano Vieira (Graduado em História)

domingo, 6 de setembro de 2009

Me permitam falar de futebol...


Queria começar parabenizando a diretoria tricolor pelo êxito alcançado hj na missão traçada desde o começo do ano de rebaixar o Fluminense pra 2ª divisão.Isto posto, queria completar que dentre tantas tristesas que o fluminense tem me feito passar, fui obrigado a conviver hj com mais uma: uma herança do Renato Gaúcho, qual seja um certo jogador chamado Roni. Esse "jogador" a que me refiro, simplismente perdeu a chance mais clara de gol do Flu, ou melhor, ele nem perdeu, pois na verdade ele furou e nem conseguiu acertar o instrumento de jogo conhecido popularmente como BOLA! Mais triste que isso é saber que nem assim ele pode ser considerado o pior jogador em campo. A conconrrência por esse "título" é grande no Flu. Eu particularmente elegi o "jogador" Diogo como o maior expoente entre os horríveis "atletas" do nosso querido "elenco". Esse jogador, o qual me recuso a tornar escrever seu nome, simplismente abusou do sagrado direito de errar em uma partida, chegando a obter a incrível marca de nenhuma jogada acertada em mais de 90 minutos de atuação. Continuar a descrever todas as deficiencias de todos os jogadores do Flu é absolutamente impossível nesse momente, além de ser uma missão inglória. De qualquer maneira, como um dos torcedores mais apaixonados pelo Fluminense, volto a enfatizar o sucesso alcançado por essa diretoria "maravilhosa" na dificil missão de rebaixar o time campeão da copa do Brasil 2007, vice-campeão da taça libertadores da América 2008, realmente essa diretoria merece meus "sinceros" parabéns!
Obrigado Diretoria do Fluminense por todas essas emoções!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ex-Prefeito de Pádua Luiz Fernando Padilha Leite e Preso!


O ex-prefeito de Pádua Luís Fernando Padilha Leite é um dos presos numa engenhosa operação realizada hoje (27) no interior do estado do Rio. Nando é acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em licitações junto com outros ex-auxiliares da prefeitura de Pádua e mais ex-prefeito Foguetinho – está foragido – de Aperibé. Os detalhes da operação estão no blog do Sidney Rezende.
MP prende seis acusados de desviar mais de R$ 15 milhõesO Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro deflagrou na manhã desta quarta-feira, uma operação para cumprir nove mandados de prisão preventiva de envolvidos em desvio de dinheiro público.
Entre os crimes denunciados pelo MP estão formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações nos municípios de Santo Antônio de Pádua e Aperibé.
A denúncia é fruto do trabalho da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal do MP (COESF) e da Promotoria de Justiça Criminal e de Tutela Coletiva de Santo Antônio de Pádua e um desdobramento das investigações que deram origem à operação “Uniforme Fantasma”, realizada em Magé.
A 1ª Vara de Santo Antônio de Pádua decretou também a quebra dos sigilos bancário e fiscal, o arresto de bens e o bloqueio de valores das contas de todos os denunciados.
De acordo com a denúncia, entre janeiro de 2005 e janeiro de 2008, as duas prefeituras celebraram, sem licitação, contratos com duas ONGs – a Associação Brasileira de Desenvolvimento Humano (ABDH) e a Organização Nacional de Estudos e Projetos (ONEP) – e desviaram para uso próprio parte das quantias depositadas nas contas dessas entidades. Foram desviados mais de R$ 15 milhões, inclusive dinheiro destinado à Previdência Social dos Servidores de Aperibé.
“Os valores que a Prefeitura de Santo Antonio de Pádua e a de Aperibé depositavam nas contas da ABDH e da ONEP eram, em sua grande maioria, sacados em espécie ou mediante pagamento de cheques e transferências eletrônicas em favor dos denunciados e de terceiros, que utilizavam os recursos transferidos pelos municípios, como se fosse propriedade privada, e beneficiavam-se de dinheiro público”, diz a denúncia do MP.
A prisão cautelar dos denunciados foi decretada para garantia da instrução criminal e da aplicação da lei penal, pois constam dos autos ameaças a um dos “laranjas” usados para o desvio de dinheiro público, um gari da Prefeitura de Pádua, que foi transformado em sócio de empresas e proprietário de diversos bens.
A operação contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) e entre os presos estão o ex-prefeito de Santo Antonio de Pádua, Luiz Fernando Padilha Leite, o “Nando”; o ex-secretário de Fazenda do município, Antônio Roberto Daher Nascimento Filho; o ex- Procurador Geral do Município, Hamilton Sampaio da Silva; o ex-Presidente da Caixa de Assistência Previdenciária e Pensões dos Servidores de Aperibé, Lupércio Rodrigues, e os advogados Paulo Fernando Martins e Enilda de Oliveira da Fonseca.
Segundo o Coordenador da COESF, Promotor David Faria, “a prisão dos envolvidos comprova mais uma vez que o trabalho de parceria entre os diversos órgãos do Ministério Público é o caminho para o enfrentamento eficaz dos crimes de colarinho branco”.
Ele ressaltou, ainda, que “essa forma de desvio de dinheiro público só é possível pela falta de fiscalizacao nos contratos celebrados entre o Poder Público e as ONG’s ” . Segundo ele, “na prática, o governante escolhe a entidade que bem entender, sem licitação, sendo essa a porta para os maus gestores públicos sangrarem o erário. É preciso que o Poder Público crie mecanismos efetivos de controles dessas entidades, o que infelizmente não vem acontecendo”.
Os presos foram levados para a Delegacia de Policia Fazendária. Encontram-se, ainda, foragidos o ex-prefeito de Aperibé, Paulo Fernando Dias, o “Foguetinho”, o ex-secretário de Administração de Pádua, Tarcísio Padilha Aquino; e o presidente da ABDH, Fermino Luiz dos Santos Neto.


(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

segunda-feira, 18 de maio de 2009

"Assim é a Justiça Brasileira"


Recentemente recebi um e-mail, que tinha como objetivo mostrar, por meio de um caso específico, as mazelas do sistema judiciário brasileiro! Sei que isso é algo até prolixo visto que não é necessário mais nenhum exemplo pra sabermos que nosso judiciário é capenga, mas esse caso tem uma particularidade, e daqueles que mexem com o nosso sentimento, que nos despertam para necessidade de mudanças, efim, que nos toca no mais profundo da ferida, que nesse caso é a aplicabilidade da lei para um pobre e a mesma lei para um mega empresário. Abaixo está está a integra do e-mail, que é uma sintése do caso, vejamos:


"ASSIM É A JUSTIÇA BRASILEIRA!

Eis o por quê da expressão:
'Deixar o cachorro passar e implicar com a pulga.'Isso foi exibido em todos os telejornais noturnos. Paulo, 28 anos, casado com Sônia, grávida de 4 meses, desempregado há dois meses, sem ter o que comer em casa foi ao rio Piratuaba-SP a 5km de sua casa pescar para ter uma 'misturinha' com o arroz e feijão, pegou 900gr de lambari, e sem saber que era proibido a pesca, foi detido por dois dias, levou umas porradas. Um amigo pagou a fiança de R$ 280,00 para liberá-lo e terá que pagar ainda uma multa ao IBAMA de R$ 724,00. A sua mulher Sônia grávida de 4 meses, sem saber o que aconteceu com o marido que supostamente sumiu, ficou nervosa e passou mal, foi para o hospital e teve aborto espontâneo. Ao sair da detenção, Ailton recebe a noticia de que sua esposa estava no hospital e perdeu seu filho, pelos míseros peixes que ficaram apodrecendo no lixo da delegacia. Quem poderá devolver o filho de Sônia e Paulo? Henri Philippe Reichstul, de origem estrangeira, Presidente da PETROBRAS. Responsável pelo derramamento de 1 milhão e 300 mil litros de óleo na Baía da Guanabara. Matando milhares de peixes e pássaros marinhos. Responsável, também, pelo derramamento de cerca de 4 milhões de litros de óleo no Rio Iguaçu, destruindo a flora e fauna e comprometendo o abastecimento de água em várias cidades da região. Crime contra a natureza, inafiançável. Encontra-se em liberdade. Pode ser visto jantando nos melhores restaurantes do Rio e de Brasília."


Acho que qualquer comentário que eu fizesse aqui seria desnecessário, por isso deixo apenas minha indignação em forma de silêncio!


(Profº Adriano Vieira, Graduado em História, FIPH-FSJ)

domingo, 17 de maio de 2009

Nada Como Um Mandato Após o Outro!


Quem poderia dizer que o nosso actual presidente, que outrora se posicionava como um "cão raivoso" em busca de clareza e justiça na administração pública, se posicionaria hoje contrariamente a uma CPI que a oposição (a sete anos essa mesma oposição era situação e o Lula "descia o pau" nela implorando por CPIs) tenta instaurar para analisar possíveis irregularidades na PETROBRÁS? Chega a ser patético e engraçado ver o presidente ir a público dizer que a oposição está mais uma vez o perseguindo. Mas como diria uma famoso cronista, o governo lula-petista é psicopata. Age como um psicopata. Ora, essa é a postura e a visão de mundo que os psicopatas tem. Sempre acham que todos estão contra eles, sempre acham que todos os estão perseguindo. Ora presidente, como poderia ser ruim uma comissão parlamentar de inquérito apurando a administração da maior estatal e orgulho do Brasil?! A não ser que hajam irregularidades que viriam atrapalhar a campanha política do PT para 2010, que aliás já começou faz tempo! Vamos lá presidente, cale a boca da oposição, mostre pra todo mundo que não tem nada de errado com a administração da PETROBRAS, porque se não pode surgir mais algum "perseguidor" seu e dizer que o senhor está com medo do resultado dessa CPI, e não é o seu caso né presidente?! Vamos lá, cadê aquele fascínio de sete anos atrás por CPI?!Cadê a vontade inquebrantável de apurar tudo?! Cadê aquele PT de esquerda que te colocou na presidência?! Como se não bastasse essa situação ridícula de clara contradição que o governo lula-petista se encontra, ainda temos que ouvir do presidente Lula, que isso que a oposição está fazendo é uma jogada política visando as próximas eleições. Sabemos que é uma jogada política da oposição pra isso sim, mas o presidente tentar acusar alguém de estar fazendo campanha política chega a ser ridículo, ou será que ninguém percebeu a grande notoriedade que a ministra Dilma está tendo nos últimos meses?! Campanha, situação e oposição estão fazendo, a diferença é que a oposição não tem mais meio ano de mandato pra exercer, o Lula tem, e, cá pra nós, ele pode estar fazendo de tudo nesses últimos meses, menos governando!


(Profº Adriano Vieira, Graduado em História, FIPH-FSJ)

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E o Povo Nessa História?!


O problema do "povo", é que quando falamos em "povo" estamos falando em "pobres eleitores", são esses que elegem, são esses que fazem candidato "X" ou "Y" liderarem pesquisas, e não se pode esperar desse "povo" muita coisa em responsabilidade pública. Historicamente não se verifica em nenhum momento uma escola cívica que possibilitasse ao "povo" exercer a democracia representativa. Saímos de um Império Constitucional para uma República Democrática no susto, sem nenhuma base que pudesse formar o pensamento político brasileiro. Por incrível que pareça os anos entre 1946 e 1964 foram, mesmo com toda tensão política, mais morais do que os da nossa atual redemocratização. Escândalos como os do governo Lula, jamais seriam aceitos pela juventude dos anos que acima me referi, por muito menos observamos manifestações contundentes da população da época. Hoje por incrível que pareça (e olha que é muito incrível mesmo) as instituições políticas se fortaleceram, não por moralidade política, mas por maestria na "arte de enganar". Não podemos jogar a culpa toda para o "povo" (pelo menos enquanto ainda pudermos celebrar os votos dos analfabetos), e livrar a cara dos nossos órgãos públicos que são parte integrante desse pacote lula-petista que vemos aí a solta. Acusados são reeleitos, mas só são reeleitos porque puderam disputar cargos públicos, isso porque o judiciário brasileiro se omite, é lento, burocrático, capenga, anacrônico, ridículo. Os acusados são perdoados (isso quando são julgados), a maioria comemora a prescrição do processo. Nesse jogo sujo não há inocentes só culpados, o povo com sua parcela, os poderes executivo, legislativo e judiciário com as deles.O "povo" não sabe escolher, não tem capacidade para isso, é facilmente bombardeado pela artilharia da campanha suja feita na grande mídia, ainda existem "votos de cabresto", pesquisas atuais indicam que quase 60% dos alunos que se formam no Ensino Médio todos os anos são quase semi-analfabetos, sabem pronunciar as palavras de um texto, mas não tem capacidade nenhuma para entendê-lo! Esse é o nosso "povo" moldado e cultivado desde os primordes da República.Mudanças substanciais até podem vir pelo voto, mas com esse tipo de eleitorado não é tão simples como se imagina!


(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A História da Moralidade Política do Brasil Ainda não foi Escrita!


A História da Moralidade política do Brasil ainda não foi escrita! Se fizermos uma análise de nossa história política republicana, iniciaremos com m golpe, muito mal articulado por sinal, onde não se tem nem un consenso sobre a liderança efetiva do movimento golpista de 1889. Ali começava o nosso "calvário polítco". Inaugurou-se a "República Oligarquica", aquela mesmo dos "coronéis". Um período marcado por corrupções, eleições descaradamente forjadas e manipuladas, votos abertamente obrigatórios, um mandonismo rural de dois Estados apenas, enfim uma série de entraves políticos que desaguavam sempre na viciosa relação de interdependência entre as elites políticas e os grandes proprietários de terras. O povo anciava por mudanças profundas em nossa política. Chegamos em 1930. Acreditou-se que com a subida ao poder, (atraves de outro golpe) de Getúlio Vargas o Brasil engressaria em uma nova era política e viveríamos as sonhadas mudanças para melhor. A princípio o "governo provisório" onde o que se viu foi um mandonismo de Getúlio que passou a tomar decisões coletivas sem nenhum compromisso com o que acharia o povo. Anos mais tarde, depois de muitas pressões, Getúlio jurou uma Constituição, engressavamos no "governo constitucional" e agora sim tudo seria diferente. Mas ainda não seria dessa vez. Utilizando-se de muita retórica e de um populismo perigoso Getúlio se fortalecia junto aos trabalhadores dando a falsa impressão de que os beneficiava, quando na verdade apenas se aproximava dos trabalhadores para ter maior controle sobre suas ações, em uma jogada só aumentava seu prestígio junto as massas e as mantia sobre seu controle. sem falar em suas loucuras administrativas como por exemplo quando dobrou o salário mínimo na única intensão de fortalecimento político. As coisas ainda não tinham mudado. Fazendo valer uma de suas mais bizarras frases "A Constituição é como as virgens, foi feita pra ser violada", Getúlio rasga a Constituição (que ele na verdade nunca seguiu) e inaugura no Brasil um de seus períodos mais sombrios, o "Estado Novo". Um período marcado por forte sensura, atentados governamentais, presidente chefiando grupo de extermínio, apoio e admiração ao movimento Nazista, etc..etc..etc... Sem dúvida não foi nesse período que alcançamos a sonhada mudança política. Mas o contexto mundial ajudou a acabar com o isso, Hitler caiu, a crença em um Estado máximo e forte caiu junto, não estava mais em alta a idéia de um governante mão de ferro, linha dura, as pressões foram muitas e Vargar fora deposto. Será que agora viria a mudança política pra melhor?Com certeza não foi isso que ocorreu. Depois da queda de Vargas, o Brasil passou por um extenso período de instabilidade política que teve seu momento mais ácido entre os anos de 1961 e 1964. Substituindo o memorável JK, Jânio Quadros fora eleito presidente do Brasil tendo como vice João Goulart, sobre o slogam do "Varre!Varre!Vassourinha!" fazendo alusão de que iria varrer a corrupção que nos assolava desde Deodoro. Então agora a coisa mudou?Não, sete meses depois de sua posse Quadros renunciou alegando que forças ocultas terríveis o abrigaram a fazer isso. Mas quem sabe agora com a subia de seu vice ao poder o Brasil conheceria a felicidade?!É também não foi dessa vez. Jango estava em visita oficial a China comunista, acusaram ele de estar se dobrando ao comunismo(retórica pra mais um golpe), sua posse foi tumultuada, o Brasil teve que mudar seu sitema politico para o parlamentarismo, fruto de uma manobra para que Jango assumisse mas sem poderes efetivos, o que logo depois foi derrubado em um plebicito. esse período foi marcado por uma forte tensão entre as elites políticas e as forças militares desejosas de mudanças, mas mudanças pra que?Pra melhor?! Em 31 de março de 1964 começou uma mudança sim, mas não foi pra melhor. Os militares (por meio de mais um golpe) tomaram o poder e depuseram Jango. O Brasil conheceu o seu pior momento de toda sua história política! Castelo Branco assumiu o poder, até que ele era "chapa branca", moderado. Mas depois veio a turma da "linha dura", baixaram o AI-V, fecharam o congresso, escancararam a sensura, baixaram o cacete, mataram, torturaram, humilharam todas as pessoas que se opusecem ao regime.Com certeza nossa mudança pra algo melhor não se deu nesse contexto. O regime militar s edesgastou, ruiu por dentro, e em uma transição controlada pelos militares o Brasil se redemocratizaria. Agora sim, agora acoisa vai! Tancredo Neves foi eleito democraticamente com ampla aceitação popular, tudo se encaminhava para os anos de ouro da pilítica brasileira. Mas Tancredo fez a única coisa que não podia ter feito, morreu!Uma morte tipicamente do meio político brasileiro, estranha, sem maiores explicações!Quem assumiria em seu lugar seria José Sarney!Já começamos errado, pois Sarney não poderia assumir como vice já que para isso deveria ter tomado posse da vice-presidência algo que não ocorreu, mas pra evitar um desgaste preferiram colocar ele na presidência mesmo que inconstitucionalmente. A mudança viria com Sarney?De maneira alguma Sraney era ferrenho admirador do regime militar, não poderia vir com ele nossa mudança.Com ele vei inflação, aumento da taxa de juros e um plano ecônomico horroroso! Sarney passou, agora quem assumiria sepois de uma campnha política extremamente manipulada pela mídia seria Fernando Collor. Carinha de bom moço, atleta, galã, enfim chegou com status de...de...hummm.... sei lá o que!!!!Descobriram que seu tesoureiro P.C. Farias teria cometido inúmeras irregularidades na sua campanha, entre outras coisas, iniciou-se um processo e impitimam que ocorreu mesmo depois de Collor ter renunciado. E agora, será que tem ou não tem mudança?Tem, mas não pra melhor! Quem assumiu em seu lugar foi Itamar Franco, seu mandato não teve nem muitos tropeços, nem muitas glórias, passou meio que despercebido em um mandato tipicamnete de transição. Mas depois dele veio o nosso Glorioso Fernando Henrique Cardoso, o FHC! Mudaríamos agora pra um patamar superior em política? Nem tanto, FHC se mostrou um grande estrategista, mas era um burocrata, intelectual sim, mas não muito disposto a mudanças substanciais! Consegui controlar a inflação, o que sem dúvida foi a marca positiva de seu mandato, mas privatizou muito, e as vezes sem muitas explicações. Bom, só nos restava depois de tantos anos de espera o nosso Luis Inácio Lula da Silva. Foi a 1ª vez depois do reime militar que um presidente eleito passou a presidência para outro presidente eleito, isso parecia ser um bom sinal. Muitos depositaram em Lula a última esperança de mudança política, de fim da corrupção, de novos tempos, mas o governo Lula se mostriu ser um governo Psicopata!E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e comandante em "vítima".E a população ignorante engole tudo.Como é possível isso?Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade.Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem.A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua.O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito.Está havendo uma desmoralização do pensamento.A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos!Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.Adoraria terminar esse texto dizendo que em fim nossa política teria se moralizado, mas quando a gente pensa que já viu de tudo na política, somos surpreendidos por um PT que é um PSDB disfarçado e um presidente que de esquerda só tem a barba. O pior é saber que todo esse texto que escrevi não significa nada diante do poder de fogo do nosso governo que foi de esperança a desilusão em apenas dois mandatos e que as palavras estão sendo esvaziadas de sentido. O governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte, e tudo que queríamos era uma profunda mudança na forma de se fazer política nesse país!


(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

terça-feira, 12 de maio de 2009

Democracia: Alguns Apontamentos.


O processo democrático é, sem dúvida, algo nutrido de regras e procedimentos que a maioria das pessoas acham que se limitam apenas a liberdade de escolha de candidatos em períodos eleitorais. Contudo, democracia é algo mais complexo que isso. A democracia é algo provido de procedimentos e regras que buscam de alguma maneira o envolvimento das partes interessadas no maior grau possível. No jogo democrático busca-se a formação de uma maioria que deve ser estabelecida através do debate desprovido de restrição entre as partes que se propõem a disputa democrática. É importante também sabermos que procura-se sempre o estabelecimento de um compromisso entre as partes o que daria conta de que a maioria vitoriosa seja respeitada e a minoria derrotada tenha um papel ativo no jogo político. Seguindo esses aspectos de compromisso e debate livre entre as partes estamos assim definindo bem os procedimentos da democracia representativa, talvez mais do da democracia direta. Percebemos, deste modo que os procedimentos da democracia são cadenciados, burocráticos. Podemos ainda nos voltar ao conceito de democracia por um outro viés. Assim, podemos procurar entende-la como forma de governo que se opõe a qualquer tipo de governo autocrático. A democracia seria, portanto uma forma governamental que pensa em um governo voltado não para a figura de um indivíduo que toma as decisões ao seu modo sem que se leve em conta os interesses coletivos, mas sim para o atendimento das vontades da sociedade. Desta feita, se faz necessário estabelecer uma forma de governo que atenda os anseios da sociedade. Visto a inviabilidade de que em qualquer grupo social todas as pessoas decidam, tomem as decisões do grupo, a democracia se constitui de uma ferramenta fundamental para regular através de métodos e procedimentos quem irá tomar essas decisões que implicam uma sociedade inteira. Deste modo, destaco que a democracia é caracterizada por um conjunto de regras que estabelecem quem está autorizado a tomar decisões coletivas e com quais procedimentos. A legitimidade que a democracia encontra esta no fato de que em qualquer grupo social existe uma necessidade sempre constante de se tomar decisões coletivas, o que via de regra deve ser feito com a máxima cautela e sensibilidade uma vez que as decisões coletivas nunca alcançam a satisfação plena da sociedade, porém devem buscar a satisfação maior possível dos membros*. É claro que não tenho a intenção de nessa singela publicação esgotar um tema tão intenso quanto é "democracia". Tentei apenas trazer alguns apontamentos, no sentido de tentar desfazer uma visão reducionista que muitas pessoas que vejo pelas ruas tem a cerca de democracia, talvez pela não existência no Brasil de um "escola cívica" que possibilite a população ter um horizonte mais amplo a esse respeito.


*No 1º capítulo de minha monografia (Poder Civil e Poder Militar na Ditadura) trato esse tema de forma mais aprofundada.


(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Democracia: Nosso mal Necessário!


Já foi dito que "a democracia é um sitema político horrível, porém é o melhor existente". Ainda nessa linha, sabemos que o exemplo mais bem acabado de democracia existiu na Grécia Clássica, mais precisamente em Atenas. Contudo, a democracia direta, como se observou em Atenas, morreu de modo trágico para não mais voltar. Rousseau, séculos mais tarde, voltou a propor alguma coisa na linha de "democracia direta" desenvolvendo o conceito de "vontade da maioria". Em Rousseau, a população teria participação direta nos rumos políticos, todavia, isso não significa dizer que todos seriam atendidos em suas posições. Se a vontade é da maioria, existe com certeza uma minoria que não terá suas posições atendidas. O que fazer então com a minoria insatisfeita? Para responder isso é preciso colocar outra coisa fundamental no pensamento político de Rousseau. Para ele "a igualdade gera liberdade". Se no pensamento político de Lock, "a liberdade gera igualdade" em Rousseau observa-se o contrário. Se "a igualdade gera liberdade", a saída que Rousseau dá para lidar com a minoria que não terá seus posicionamentos atendidos, é convencer a minoria a ser livre. Por exemplo, se um determinado grupo acha que o mais importante é à construção de uma ponte para a escoação de mercadorias, e uma maioria acha que o importante é investir em barcos para isso, a "vontade da maioria" é o investimento em barcos. A minoria que achava melhor a construção da ponte encontrasse, nesse caso, fora da "vontade da maioria" e portanto não pensam igual a maioria. Mas, a "iguladade gera a liberdade", e não pensando igualmente como a maioria essas pessoas não são livres. Sendo assim, eles serão convencidos a serem livres. Seriam convencidos de que, estando fora da "vontade da maioria", não participam também da liberdade (ao meu ver essa saída que Rousseau dá é absolutamente fantástica). Outrossim, Jean Jaques Rousseau não estava pensando nesse tipo de democracia em países muito grandes e populosos, ele pensou essa democracia tendo em mente a cidade de Genebra (Rousseau era suíço e não francês como comumente se imagina), para localidades muito grandes e populosas Russeau achava que o bom mesmo era Monarquia, o que se percebe nas leituras a cerca de sua idéia de "Tratado Social". A democracia que vivemos hoje mada tem a ver com Atenas ou Rousseau, trata-se da "democracia representativa", onde temos o privilégio de escolhermos com que corda queremos ser enforcados! Mesmo assim a democracia continua sendo o que temos de melhor em termos de sitema político, até porque depois dela o que sobra são monarquias ou tipos de governos ditatoriais que ainda conseguem ser piores que a democracia. Dos males, o menor!
(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

domingo, 10 de maio de 2009

Em Tempo de Gripe dos Três Porquinhos, o Lobo Mal Continua Sendo o Governo!


A Organização Nacional de Saúde (orgão máximo em saúde mundial) vem se mostrando bastante cauteloza e até mesmo preocupada com a iminência de uma nova epidemia global, notadamente a do vírus infuenza A (H1N1) conhecido também como gripe suína. Aqui, pelo nosso "fascinante" Brasil, o governo tenta nos dar a falsa e ridícula idéia de que estamos preparados para combater a nova gripe. Mas será que realmente estamos? A resposta com toda certeza é NÃO! Como o nosso Ministro da saúde pode vir a público dizer que o Brasil não tem motivos pra ficar alarmado se a nossa realidade é um sistema de saúde absolutamente falido? Como poderíamos ficar tranquilo com a presença de um novo vírus em nosso território se não conseguimos combater o nosso velho conhecido Aedes Aegypti? Como estaríamos preparados para recebermos em nossos hospitais uma possível demanda de pacientes necessitados de pronto atendimento, em função de uma epidemia da nova gripe, se deixamos diariamente pessoas morrerem nos corredores? Seria muito engraçado ouvir essa falsa tranquilidade do governo, pena que é extremamente trágico! Mas temos motivos pra comemorar (pelo menos é o que o governo diz), depois de muito tempo o Brasil vai voltar a emprestar dinheiro ao FMI, não é entusiasmante?! Alguém aí tem dinheiro na poupança?!

(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Divididos Entre dois Mundos: "Brasil" e "Congresso Nacional"


A coisa tá tão feia no Congresso Nacional, que nem a opinião pública intimida mais os nossos "digníssimos" parlamentares. É como se eles tivessem evoluído a um nível tal de cara-de-pau, que nem mesmo a inimiga mortal chamada "opinião pública" pudesse com eles! É assim agora!A turma do "colarinho ocupado" não está nem aí pra nada! Pouco importa ser um relator de um processo, pouco importa se o cara tinha um "pequeno e humilde castelo", afinal de contas não dá pra provar mesmo. É como se estivessemos em dois mundos distintos: de um lado o nosso mundinho dos pobres mortais chamado Brasil, de outro o mundo em plano superior chamado Congresso Nacional. Se o primeiro tem problemas, o segundo é o exemplo mais bem acabado de paraíso. Lá nesse mundo paralelo chamado Congresso Nacional as leis são feitas de parlamentares para parlamentares, lá as coisas mudam de nome, por exemplo no Brasil dos pobres mortais, quem se apropria indevidamente de alguma coisa é chamado de ladrão, lá no paraíso Congresso Nacional quem faz isso é chamado de corrupto. Aqui no nosso mundo quem for pego procedendo fora do que estabelece a nossa Constituição é safado lá, no Paraíso deles, fugir as regras é "quebra de decoro parlamentar". Estamos divididos entres duas classes agora, os brasileiros e os parlamentares, em qual delas você está?!
(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

segunda-feira, 4 de maio de 2009

1964/2009, "Mais do Mesmo"!


Estava aqui pesquisando alguns artigos na internet, quando vi uma publicação que me chamou à atenção. Tratava-se de um texto que procurava, de alguma maneira, estabeler algumas relações um tanto quanto difíceis (pelo menos do ponto de vista prático) tais como: "FARC e Comunismo", ou uma ainda mais complexa relação entre "Presidente Lula e FARC". Não estava preocupado, por hora, em verificar o autor do texto, porém percebi um ligeiro envolvimento pessoal ao longo das linhas. Em algum momento do texto, o autor (até então desconhecido por mim) argumentava que:

"Do mesmo modo que Chávez, Ortega e Correa, Lula “esquece” que as FARC são terroristas, seqüestradoras, genocidas, narcotraficantes, extorsionistas, etc.; porém, isso sim, as considera como uma força política rebelde, ao tempo em que, sem deixar de apoiar o bando delitivo em tudo, se faz de desentendido e afirma que sua intervenção dependerá da autorização do governo colombiano. Dupla moral em toda sua extensão! Típico comportamento de um marxista-leninista convicto!"


Fiquei perplexo ao ler isso, e automáticamente me remeti ao contexto político de 1961 à 1964, quando o Brasil se viu, assim como o mundo, dividido entre "manutenção da ordem liberal burguesa" de um lado e "comunismo alienígena" do outro. Nesse período percebeu-se uma profunda crise política onde as elites políticas civis se viram as voltas com as instituições militares por conta de uma suposta tendência comunista que estaria sendo seguida pelo presidente João Goulart, que por sua vez era repudiada pelos militares que viam nisso a possibilidade de destruição dos valores ocidentais, notadamente cristianismo, democracia e capitalismo. Porém, sabemos que o discursso militar era totalmente esvaziado de valor, primeiro porque Jango podia ser tudo, menos comunista, e segundo pela hipocrisa com a qual tratavam as possíveis consequências de uma mudança da ordem liberal burguesa para o "alienígena" comunismo! O desfecho dessa crise é conhecido de todos, quando por meio de um golpe militar clássico o presidente João Goulart foi deposto sendo promovido a presidência da Repúbila o Gal. Castelo Branco, dando início assim ao que a historiografia chama de "regime militar"! Contudo, lembro a todos que o contexo acima mencionado refere-se aos anos de 1961 a 1964, de modo que nosso atual contexto não se compara em nada com aquele. Será mesmo? Quando terminei a leitura (diga-se de passagem, que não serviu pra quase nada), tive o cuidado de ver quem era o autor, e pra minha não surpresa tratava-se de ninguém mais ninguém menos que o Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido ( analista de assuntos estratégicos ). Penso que só poderia usar uma frase pra terminar essa minha publicação: "Algumas coisas nunca mudam!"




(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

domingo, 3 de maio de 2009

S.O.S. Homens Públicos Urgente!


Max Weber já nos apontava para o que ele chamou de "politico vocacionado". Um homem público, dotado de virtudes públicas e condições reais de se posisionar da forma mais adequada possível diante das situações de interesse público. Weber nos apontava que esse homem "não pode viver da política, porém deve viver para a política". Contudo, Weber nunca falou em super-heróis, apenas falava na importância do "homem público", da "política como vocação". Esses lacaios, tais como, Presidente da República, Senadores, Deputados, Governadores, Prefeitos e Vereadores que ridicularizam a política brasileira e à coloca entre as mais corruptas do mundo certamente não tem a política como vocação, mas sim, como plano de carreira, como objetivo financeiro. Aposto que a maioria deles nunca ouviu falar em Max Weber, ou em Maquiavel, ou Rousseau, Thoma Hobbes, enfim numa série de intelectuais que contribuiram para que a política se tornasse uma ciência dotada de particularidades e de compromisso social. Aliás, não é preciso nem ter formação de nível Médio para o mais alto cargo público, né?! Seja como for, a realidade é uma só: Estamos carentes de homens públicos! Que possam se levantar entre nós esses políticos vocaionados, de preferência sem que queiram passear com suas famílias pelo Brasil e pelo mundo com nosso dinheiro, né?! Enfim, senhores Governantes e Palarmentares, nunca é tarde para se iniciar uma leitura, né?! Quem sabe entre um vôo e outro que vocês fazem com nosso dinheiro não se prestem a ler um Max Weber da vida, ou quem sabe um Maquiavel, sei lá, o cardápio é grande!
(Profº Adriano Vieira, Graduado em História, FIPH-FSJ)

sábado, 2 de maio de 2009

Paduanos do Meu Brasil...


É incrível, e porque não dizer ridículo, como algumas antigas práticas políticas que comumente ocorriam no período chamdo pela historiografia de 'Primeira República', ainda persistem em ocorrer em nosso dias atuais. Tal ridicularidade fica ainda mais evidenciada quando observamos as cidades do interior do Brasil. Não é difícil vermos cidades de grande potencial econômico sendo sufocadas por práticas políticas desastrosas, capengas, anacrônicas, ridículas! Por exemplo, em Santo Antônio de Pádua-RJ , (cidade na qual nasci e fui criado) o jogo político permanece, em muitos aspectos, o mesmo do período oligárquico (1889-1930). O que mais me chama a atenção são as constantes sucessões de prefeitos e, em grande medida vereadores, sempre marcadas por enormes esquemas de corrupção eleitoral (o povo alienado de Pádua por vezes afirma que isso é democracia), seja por compra de votos clássicas, intimidações, propagandas enganosas e, como não poderia faltar, pela tradicional "farra da distribuição de cargos públicos"! As elites políticas locais, notadamente a direita hipócrita, sempre se articulam para manter a população votante em suas mãos, mesmo que para isso tenham que sacrificar o desenvolvimento, econômico, cultural e social da cidade, mesmo porque seria muito mais difícil enganar a população local se a cidade atingisse esses níveis de desenvolvimento. Qualquer semelhança com o período oligárquico de nossa história não é mera coincidência, mas sim, um combinado de esforços para manter a sociedade paduana "à mercê" dos governantes locais. Mas seriam as elites políticas locais os principais culpados por tudo isso? Penso que a resposta é NÃO! Penso que a parcela de culpa de nossa "direita hipócrita" e relativamente pequena, atribuo a própria sociedade paduana a maior responsabilidade. A análise política que faço a cerca de Santo Antônio de Pádua, é que as elites políticas locais lançam "iscas de corrupção", contudo os paduanos adoram ser pescados! Não é difícil ver pessoas aqui orgulhosas por serem 'isso' ou 'aquilo' na prefeitura, por receberem 'isso' ou 'aquilo' do político "X", enfim, por vezes abservo pessoas que vendem por favores (diga-se de passagens favores usando a máquina governamental é crime), e que acabam pouco se importando com a realidade política do município, deixando claro assim, que o que importa não é o bem da sociedade, e sim o seu próprio bem. Viram as costas para a sociedade, mesmo sabendo que somos orgânicamente dependentes de convívio social. Essas pessoas não sabem o mal que fazem para a sociedade, não sabem a gravidade dessas posturas repudiáveis. A esse tipo de pessoa atribui-se o título de "Analfabeto Político", e esse é com certeza o pior de todos os analfabetos. A sociedade paduana é analfabeta politicamente. Se acham espertos por conseguirem "favores" políticos, mas não sabem que são antes de tudo são "Analfabetos Políticos"! São os alimentadores de todas as mazela póliticas do município, se alguem morre de fome em Pádua, com certeza o analfabeto político paduano participou desse óbito, se alguém é obrigado a traficar para sobreviver, o analfabeto político paduano participa desse tráfico, se grande parte da população não tem habitação, o analfabeto político paduano contribui pra isso, enfim, o analfabeto político paduano, que se julga tão esperto por ser favorecido políticamente, na verdade é o mais completo dos idiotas. espero que um dia nossa sociedade saiba o que é política, o que é democracia e, sobretudo, o que é cidadania!


(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Dos Aguerridos dos Anos 60 e 70 aos Internaltas do Início do Séc. XXI


Parece incrível ver com que lentidão e dês-compromisso a sociedade se atenta para os males que direta e diariamente são proferidos a ela. Sobretudo chamo a atenção para os jovens de nossa geração, que perecem se encontrar – parafraseando uma polêmica banda - em “estado de coma semi-profundo”. Muitos fatos se aglutinam, muitos escândalos políticos se repetem e nossa juventude parece estar alheia a tudo o que se passa. Como podemos admitir que nossos jovens não aspirem uma mudança social profunda visto o total descaso que a atual trata a sociedade? Como podemos nos contentar que nossos jovens existam sem existir? Como podemos aceitar que nossos jovens sejam atropelados por uma enorme bola de informações (muitas delas escandalosas) sem se posicionarem? As respostas para muitas dessas perguntas acredito estar no total “Estado de Anomia” no qual a sociedade e principalmente os jovens se encontram hoje. Se compararmos os nossos jovens de hoje com a juventude dos anos 60, 70 e uma boa parte dos anos 90, o que veremos é uma dicotomia orgânica profunda entre elas. Nas décadas a que me referi a cima, pequenas turbulências no Congresso Nacional eram suficientes para que um grupo estudantil se organizasse e, com uma visão política hoje não existente, se colocasse em oposição e transformasse toda sua indignação em um ato público que de maneira decisiva contribuía para uma mudança, para uma reformulação e em alguns casos, para uma verdadeira reorganização política em nossas instâncias democráticas. Hoje parece que esse fervor juvenil se extinguiu, logo agora que temos todos os aparatos tecnológicos a nosso favor, nossos jovens preferem se acomodar, se calar diante de tantas coisas que os afetam. Será que ninguém ensinou a nossos jovens o que é Política? Será que não os ensinaram o que é Capitalismo? Será que não os notificaram a respeito do Comunismo? Será que não conhecem o bom velhinho Karl Marx? Será que não conseguem saber o que é burguesia e o que é proletariado? Receio que a resposta para essas perguntas seja NÃO! Assim sendo se compreende porque tanta alienação, porque tanta ignorância política. Me recuso a acreditar que a memória dos jovens guerrilheiros urbanos do fim da década de 60 e inicio da década de 70, que, de maneira tão apaixonada, se opuseram a ditadura que se instalara no país, esteja sendo esquecida, e que a memória que estamos deixando para as próximas gerações de jovens seja a de que os jovens do início do séc. XXI viviam em uma condição tal, que “acariciavam o lobo, achando que era seu animal de estimação”, não conseguiam diferenciar “banqueiros de bancários mega-traficantes de meros funcionários” e vivam “estagnados e continuavam regredindo enquanto o ‘Comando Delta’ tinha cada vez mais motivos pra permanecer sorrindo”.

Adriano Vieira (Graduado em História FIPH-FSJ)