
A História da Moralidade política do Brasil ainda não foi escrita! Se fizermos uma análise de nossa história política republicana, iniciaremos com m golpe, muito mal articulado por sinal, onde não se tem nem un consenso sobre a liderança efetiva do movimento golpista de 1889. Ali começava o nosso "calvário polítco". Inaugurou-se a "República Oligarquica", aquela mesmo dos "coronéis". Um período marcado por corrupções, eleições descaradamente forjadas e manipuladas, votos abertamente obrigatórios, um mandonismo rural de dois Estados apenas, enfim uma série de entraves políticos que desaguavam sempre na viciosa relação de interdependência entre as elites políticas e os grandes proprietários de terras. O povo anciava por mudanças profundas em nossa política. Chegamos em 1930. Acreditou-se que com a subida ao poder, (atraves de outro golpe) de Getúlio Vargas o Brasil engressaria em uma nova era política e viveríamos as sonhadas mudanças para melhor. A princípio o "governo provisório" onde o que se viu foi um mandonismo de Getúlio que passou a tomar decisões coletivas sem nenhum compromisso com o que acharia o povo. Anos mais tarde, depois de muitas pressões, Getúlio jurou uma Constituição, engressavamos no "governo constitucional" e agora sim tudo seria diferente. Mas ainda não seria dessa vez. Utilizando-se de muita retórica e de um populismo perigoso Getúlio se fortalecia junto aos trabalhadores dando a falsa impressão de que os beneficiava, quando na verdade apenas se aproximava dos trabalhadores para ter maior controle sobre suas ações, em uma jogada só aumentava seu prestígio junto as massas e as mantia sobre seu controle. sem falar em suas loucuras administrativas como por exemplo quando dobrou o salário mínimo na única intensão de fortalecimento político. As coisas ainda não tinham mudado. Fazendo valer uma de suas mais bizarras frases "A Constituição é como as virgens, foi feita pra ser violada", Getúlio rasga a Constituição (que ele na verdade nunca seguiu) e inaugura no Brasil um de seus períodos mais sombrios, o "Estado Novo". Um período marcado por forte sensura, atentados governamentais, presidente chefiando grupo de extermínio, apoio e admiração ao movimento Nazista, etc..etc..etc... Sem dúvida não foi nesse período que alcançamos a sonhada mudança política. Mas o contexto mundial ajudou a acabar com o isso, Hitler caiu, a crença em um Estado máximo e forte caiu junto, não estava mais em alta a idéia de um governante mão de ferro, linha dura, as pressões foram muitas e Vargar fora deposto. Será que agora viria a mudança política pra melhor?Com certeza não foi isso que ocorreu. Depois da queda de Vargas, o Brasil passou por um extenso período de instabilidade política que teve seu momento mais ácido entre os anos de 1961 e 1964. Substituindo o memorável JK, Jânio Quadros fora eleito presidente do Brasil tendo como vice João Goulart, sobre o slogam do "Varre!Varre!Vassourinha!" fazendo alusão de que iria varrer a corrupção que nos assolava desde Deodoro. Então agora a coisa mudou?Não, sete meses depois de sua posse Quadros renunciou alegando que forças ocultas terríveis o abrigaram a fazer isso. Mas quem sabe agora com a subia de seu vice ao poder o Brasil conheceria a felicidade?!É também não foi dessa vez. Jango estava em visita oficial a China comunista, acusaram ele de estar se dobrando ao comunismo(retórica pra mais um golpe), sua posse foi tumultuada, o Brasil teve que mudar seu sitema politico para o parlamentarismo, fruto de uma manobra para que Jango assumisse mas sem poderes efetivos, o que logo depois foi derrubado em um plebicito. esse período foi marcado por uma forte tensão entre as elites políticas e as forças militares desejosas de mudanças, mas mudanças pra que?Pra melhor?! Em 31 de março de 1964 começou uma mudança sim, mas não foi pra melhor. Os militares (por meio de mais um golpe) tomaram o poder e depuseram Jango. O Brasil conheceu o seu pior momento de toda sua história política! Castelo Branco assumiu o poder, até que ele era "chapa branca", moderado. Mas depois veio a turma da "linha dura", baixaram o AI-V, fecharam o congresso, escancararam a sensura, baixaram o cacete, mataram, torturaram, humilharam todas as pessoas que se opusecem ao regime.Com certeza nossa mudança pra algo melhor não se deu nesse contexto. O regime militar s edesgastou, ruiu por dentro, e em uma transição controlada pelos militares o Brasil se redemocratizaria. Agora sim, agora acoisa vai! Tancredo Neves foi eleito democraticamente com ampla aceitação popular, tudo se encaminhava para os anos de ouro da pilítica brasileira. Mas Tancredo fez a única coisa que não podia ter feito, morreu!Uma morte tipicamente do meio político brasileiro, estranha, sem maiores explicações!Quem assumiria em seu lugar seria José Sarney!Já começamos errado, pois Sarney não poderia assumir como vice já que para isso deveria ter tomado posse da vice-presidência algo que não ocorreu, mas pra evitar um desgaste preferiram colocar ele na presidência mesmo que inconstitucionalmente. A mudança viria com Sarney?De maneira alguma Sraney era ferrenho admirador do regime militar, não poderia vir com ele nossa mudança.Com ele vei inflação, aumento da taxa de juros e um plano ecônomico horroroso! Sarney passou, agora quem assumiria sepois de uma campnha política extremamente manipulada pela mídia seria Fernando Collor. Carinha de bom moço, atleta, galã, enfim chegou com status de...de...hummm.... sei lá o que!!!!Descobriram que seu tesoureiro P.C. Farias teria cometido inúmeras irregularidades na sua campanha, entre outras coisas, iniciou-se um processo e impitimam que ocorreu mesmo depois de Collor ter renunciado. E agora, será que tem ou não tem mudança?Tem, mas não pra melhor! Quem assumiu em seu lugar foi Itamar Franco, seu mandato não teve nem muitos tropeços, nem muitas glórias, passou meio que despercebido em um mandato tipicamnete de transição. Mas depois dele veio o nosso Glorioso Fernando Henrique Cardoso, o FHC! Mudaríamos agora pra um patamar superior em política? Nem tanto, FHC se mostrou um grande estrategista, mas era um burocrata, intelectual sim, mas não muito disposto a mudanças substanciais! Consegui controlar a inflação, o que sem dúvida foi a marca positiva de seu mandato, mas privatizou muito, e as vezes sem muitas explicações. Bom, só nos restava depois de tantos anos de espera o nosso Luis Inácio Lula da Silva. Foi a 1ª vez depois do reime militar que um presidente eleito passou a presidência para outro presidente eleito, isso parecia ser um bom sinal. Muitos depositaram em Lula a última esperança de mudança política, de fim da corrupção, de novos tempos, mas o governo Lula se mostriu ser um governo Psicopata!E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de "povo", consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações "falsas", sua condição de cúmplice e comandante em "vítima".E a população ignorante engole tudo.Como é possível isso?Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade.Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem.A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização.Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua.O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito.Está havendo uma desmoralização do pensamento.A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais aos fatos!Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.Adoraria terminar esse texto dizendo que em fim nossa política teria se moralizado, mas quando a gente pensa que já viu de tudo na política, somos surpreendidos por um PT que é um PSDB disfarçado e um presidente que de esquerda só tem a barba. O pior é saber que todo esse texto que escrevi não significa nada diante do poder de fogo do nosso governo que foi de esperança a desilusão em apenas dois mandatos e que as palavras estão sendo esvaziadas de sentido. O governo do Lula está criando uma língua nova, uma novi-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte, e tudo que queríamos era uma profunda mudança na forma de se fazer política nesse país!
(Profº Adriano Vieira, graduado em História, FIPH-FSJ)